sexta-feira, 29 de abril de 2011

Por um espírito mais forte...

Confesso que não ando muito bem. Hoje me vejo desacreditado de muitas coisas. Peço auxílio à Deus, para que ele me ajude a fortificar esse meu espírito enfraquecido.
Procurei uma música que pudesse me ajudar a sentir-me um pouco mais seguro e encontrei essa. Espero que vocês não estejam assim como eu, no entanto se estiverem, vamos refletir juntos...

Coração Sagrado - Pe. Fábio de Melo

Se você está cansado
Sem lugar pra repousar
Venha ao Coração Sagrado
De Jesus, que aberto está.
Pode então entrar, até descansar
Seu Deus ali espera e quer amar

Curar suas feridas, tirar a solidão
Reconstruir com zelo
Tudo que está no chão
E dar muito carinho.
Alegre-se irmão!
Felicidade não é ilusão!

terça-feira, 26 de abril de 2011

Seja um idiota!

Olá meus amigos! Espero que vocês tenha tido uma ótima Páscoa. A minha foi muito bem, claro, sempre poderia ter sido melhor, mas não reclamo de nada não, pois aproveitei cada minuto da maneira que poderia.
Hoje eu estava fazendo umas pesquisas na internet e descobri um blog em que estava postada a mensagem que colocarei aqui. Escolhi partilhá-la com vocês pelo fato de me identificar muito com ela. Considero também um perfeito idiota, pois sigo todos os passos "anormais" sugeridos pelo autor, que com certeza colocarei o nome, em respeito ao seu pensamento (nossa, aprendi isso na filosofia, hehehehe).
Pois bem, espero que vocês também se identifiquem ao menos um pouquinho com essas doses de alegria, sugeridas aqui. E olha só, tenho muitas coisas para contar para vocês, em breve estarei com um quadro de postagens aqui no blog falando sobre minhas experiências nas viagens que fiz Brasil a fora. Vocês não perdem por esperar.
Boa leitura viu?, tenho certeza que irão gostar...

A idiotice é vital para a felicidade. Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. Putz! A vida já é um caos, por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado?
Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins.
No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota!
Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você.
Ignore o que o boçal do seu chefe disse.
Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente, é ele. Pobre dele.
Milhares de casamentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice.
Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto.
Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo, soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça? hahahahahahahahaha!...
Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana? Quanto tempo faz que você não vai ao cinema?
É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí, o que elas farão se já não têm por que se desesperar?
Desaprenderam a brincar. Eu não quero alguém assim comigo. Você quer? Espero que não.
Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas... a realidade já é dura; piora se for densa.
Dura, densa, e bem ruim. Brincar é legal. Entendeu?
Esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteira, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço, não tomar chuva. Pule corda!
Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte.
Ser adulto não é perder os prazeres da vida - e esse é o único "não"realmente aceitável.
Teste a teoria. Uma semaninha, para começar.
Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são: passageiras. Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir...
Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração!
Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um cafezinho gostoso agora?
"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso cante, chore, dance e viva intensamente antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos"

Arnaldo Jabor

sábado, 23 de abril de 2011

Sexta-feira... Meu Mestre morreu!

Fiz questão de acordar bem cedo. Corri novamente naquela sala, para ver se restara migalhas da tua ceia. Encontrei quase nada, apenas uns sagrados farelinhos de pão. Ajudei minha mãe à arrumar as coisas. Queria poder ver se te encontrava por aí. O dia estava meio nublado, parecia que algo triste estaria para acontecer. Pedi ao meu pai que me deixasse ir ao templo rezar, era por volta das sete horas da manhã. O sol de Jerusalém está sempre muito quente nesse horário e quando é meio dia então? Faz muito calor e minhas vestes estão cada vez mais pesadas. Quando eu estava saindo do templo, era mais ou menos nove horas, vi uma procissão que ia em direção ao Palácio de Herodes. Mas o que viria ser aquilo? Perguntei para um dos que caminhava e ele me respondeu com grosseria, dizendo que a justiça estava para ser feita. Eu não compreendi a princípio aquelas palavras, mas mesmo assim estava curioso em saber o que se passava. Desconfiava que fosse você e de fato era. Corri, corri muito para chegar perto, o mais perto possível e mais uma vez olhaste pra mim.

Ah Mestre... eu desejava aliviar teu sofrimento. Mas porque estavas naquela situação? Eu não entendo: não eras ladrão ou assassino; homens que cometem infrações são punidos, mas teu castigo para mim era inconcebível! Meu desejo era tirar você dali, nem que tivesse que derramar sangue. Mas senti-me muito fraco e, no entanto, parecia-me que as dores não te afligiam tanto, pois matinhas o teu rosto sereno. Meu pai estava à minha procura e eu tive que deixar aquela procissão, mas depois de atender ao meu pai, voltei a te procurar. Já estavas sendo açoitado. Meu Deus, o que era aquilo?! Já presenciei várias torturas, é comum em Jerusalém acontecer essas coisas durante os dias de Páscoa. Eles utilizam-se do ser humano como se fosse o pior dos animais e fazem o que bem querem com eles e eu considero aquilo desumano!

Foi inevitável as lágrimas. Sentia meu espírito gemer a cada chicoteada que recebias... minha vontade era de gritar, mas como gritar? Todos assistiam aflitos aquela agonia sem nada poder fazer. Uma mulher chorava muito, mas muito mesmo. Umas das mulheres judias que conheço com beleza sem igual. Me disseram que é sua mãe. Tentei aproximar-me dela, mas desisti, acho que eu ia ficar ainda pior vendo aquela angústia sem fazer nada. E tu também choravas... homem cheio de dores e sofrimentos... choravas tanto que percebi o choro de toda a humanidade nos teus olhos. Olhaste para mim uma vez e neste olhar me dissestes: “Eu te amo”.

Disseram-me que com um beijo entregaram o senhor para morte. Isso é horrível! Quando se tem um amigo, espera-se fidelidade dele. Traição é assombroso, abominável. Depois de cansarem de tanto baterem, pregaram-te na cruz e ao invés de sentir compaixão de ti, machucaram-te até fazer a tua carne sangrar. Os homens gritavam eufóricos como se presenciassem a mais bela cena! Tu olhavas para o céu e suplicavas por algo. Lembro-me de uma só palavra que pronunciastes: Perdão. Perdão para quem? Perdão de quem? Será que estavas perdoando alguém? Não sei, não entendia muita coisa... eu estava de longe. Os dois ladrões que estavam do teu lado ainda não haviam morrido. O céu estava muito escuro, com certeza ia chover. Vi um último grito: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito!” Este era o grito da consumação. Pendestes a cabeça para um lado e adormeceste no sono eterno. Eu chorava ao ponto de soluçar. Peço-te perdão por sentir tanto sofrimento ao ver aquilo, mas ser incapaz de evitar a tua morte.

Um dos guardas foi quebrando as pernas dos ladrões e eles agonizaram até morrer. Chegaram próximos a ti e eu gritei aflito: “Não! Ele já morreu.” Meus olhos estavam fitos e eu já havia notado que tinhas morrido. Ele quis ainda certificar-se que não estavas vivo e ficou a lança no teu peito. Corri, suplicando que não fizesse aquilo, mas não adiantou. Ao chegar próximo ao guarda, o teu coração começou a jorrar sangue que chegou a respingar no meu rosto. Passei a mão e dei um beijo. Ele incrivelmente fez a mesma coisa. Neste instante o céu se abriu e a chuva desceu torrencialmente. Corri para casa, eu não podia ficar ali. Antes ainda consegui dar um abraço em um dos teus discípulos e por incrível que pareça, o único que se encontrava naquele lugar. Sua mãe beijava seus pés e outra mulher, que ainda não conhecia estava próxima à ela.

Ao chegar em casa, chorei ainda mais e rezei esperando entender tudo aquilo que se passava contigo.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Minha Quinta-Feira...

Era quinta-feira... dia magnífico para mim, pois foi o primeiro contato que tive contigo. Pedistes ao meu pai e eu logo roguei que ele te concedesse a casa, para ali comemorardes a Páscoa com teus discípulos. Sim, fui eu que supliquei, pois meu pai estava desconfiando que seria você aquele que todos acusavam de malfeitor. Estava muito claro que jamais você faria o mal a quem quer que fosse. Oh não, pelo contrário! Pessoas que fazem tantas coisas boas, jamais poderiam ser acusadas de malfeitores, mesmo que, vez por outra, agisse mal. Eu sempre tive vontade de viajar para Galiléia para te ver de perto, mas nunca tive a oportunidade. Hoje eu completo 20 anos, assim que a lua iluminar a terra. Meu maior sonho era ser um discípulo seu sabia? Eu queria aproveitar cada segundo que tivesse na existência só pra ficar perto de você, acho que isso me realizaria e encontraria um sentido novo e real para viver.

Eu organizei tudo, deixei tudo bem limpo para sua Páscoa e você me agradeceu. Podes não ter lembrado aquele olhar carinhoso e daquele sorriso como quem diz: obrigado! Mas foi o gesto mais gratificante que recebi. Olha Mestre, jamais vi coisas tão perfeitas assim. Depois que sorriste, eu saí e você me pediu que encostasse a porta. Mas faltavam ainda duas lamparinas, que pretendia colocar por sobre a mesa. Eu fiquei sem palavras, não sabia o que dizer... quando voltei com as duas lamparinas, já estavas conversando com os teus discípulos e eu não podia mais entrar naquela sala. Encostei a porta, mas deixei uma fresta, para poder observar o que se passava. Ah Mestre, me perdoa pela curiosidade, mas tens plena consciência que o meu espírito me pedia isso e eu não me perdoaria jamais se não contemplasse aquela ceia. Ninguém jamais comemorou a Páscoa com tanta intensidade.

Confesso que achei estranho num determinado momento em que um dos teus discípulos levantou-se sem nem ao menos ter terminado a ceia. Só lembro-me que ele falou: “Mestre, serei eu?” E tu respondeste: “Tu o dizes!” Mas serei eu o que? Naquela hora eu não compreendi nada. Todos começaram a conversar entre si, acho que eles também não entenderam muita coisa. Mas por hora, não importava aquele gesto. Para mim o que importava mesmo era a alegria de poder estar ali e admirar você e seus discípulos.

Depois, lembro-me que o senhor partiu o pão e partilhou com eles... Que belo sinal de partilha! Lá em casa minha mãe só põe na mesa, meu pai se serve e eu como depois do meu pai. Ali não, todos comeram juntos. Depois você levantou o cálice, só lembro-me de uma palavra: Aliança. O que viria a ser, eu não sei, mas quando fala de aliança, entendo como meu pai me ensinou e também o que aprendi no templo, que é a união entre Deus e os homens. Será que estavas fazendo isso também? Todos comeram e estavam felizes, vi até um encostar-se ao teu ombro... ele devia estar bem feliz mesmo. Na porta, você nem me notou, mas desconfio que sim, pois de vez em quando você dava uma olhada em direção a mim e sorria. Não sei por que, pois eu achava que estava escondido.

Agora a parte emocionante foi quando você se agachou e lavou os pés um por um dos seus discípulos. Isso poderia não ter significado nada, afinal é comum lavar os pés dos hóspedes ou visitantes, mas contigo era diferente, você é o mestre, eles que deveriam ter lavados seus pés. Ah se fosse eu... além de lavá-los, beijaria inúmeras vezes. Isso mesmo, você também beijou os pés deles! Daria tudo para receber um beijo seu.

 E depois disso, vocês se foram. Percebi seu rosto meio aflito e preocupado, o clima estava meio tenso, mas meu espírito estava alegre e queria tanto poder te dizer que no próximo ano desejaria imensamente que você voltasse de novo para celebrar novamente sua Páscoa aqui na casa do meu pai. E essa também foi a minha Páscoa naquele dia.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Filosofia? Pra quê?

A maioria das pessoas com quem converso sempre tocamos em assuntos relacionados às experiências de vida e a gratificação por aquilo que fazemos. Quando me perguntam: "Que curso você faz?" eu respondo alegremente: FILOSOFIA. A princípio eles se assustam, mas depois que explico (dentro das minhas limitações, é claro) alguns até acham interessante e demonstram um certo tom de satisfação.
Acredito que a filosofia foi - e ainda está sendo - muito mal interpretada no nosso contexto. Acham que é algo lunático (fora da realidade que vivemos) que não tem nada a ver com o que de fato é mundo e preferem se limitar apenas as coisas que são úteis para si, sem nem ao menos perceber a riqueza que é o ato de filosofar.
Mesmo que não queiramos, todos os dias filosofamos em todo e qualquer assunto relacionado às nossas experiências de vida. Tomemos como exemplo a nossa vontade de saber das coisas e como elas se dão... vocês nunca pararam para pensar como a ideia surge em nossa mente? O porque dos nossos pensamentos? O que está para além da realidade que vemos e sentimos? Pois bem, se você nunca fez isso, você não é um filósofo. No entanto, se essas perguntas já foram elaboradas em sua mente e você quis buscar respostas, isso significa que és um filósofo.
Se és um bom ou mau filósofo, não sei, mas que és amigo da sabedoria, és! Esqueci de explicar pra vocês: a palavra filosofia é derivada da união de duas palavras: Philos = amigo e Sophia = sabedoria. Assim implica dizer que o filósofo é aquele que está mais próximo da sabedoria, isso mesmo: próximo. Não possui a sabedoria, pois ela é o Ser Supremo, que no caso da religião, dizemos ser Deus.
Sobre a filosofia e seus efeitos, escrevi um artigo, que se for do interesse de vocês lerem, prossigam a leitura, se não, me despeço por aqui e espero que vocês agora compreendam o que a filosofia nos propõe: AUXILIAR NA BUSCA PELA VERDADE.

A importância da Filosofia

Por certo já temos em nossas mentes opiniões formadas, conclusões, certezas sobre quase todos os assuntos de vida que nos circundam sem nem ao certo sabermos o que é filosofia, do que se trata e como contribui para a formação do pensamento e assim caímos no máximo estado de um ser ignorante, incapaz de olhar para os lados e reconhecer a profundeza da inteligência humana, capaz de pensar e agir com racionalidade.
Mas o que é a verdade? O que o uso racional do homem poderia explicar? Esse é o maior mistério que até hoje o pensamento limitado do ser humano não conseguiu atingir. A filosofia dá espaço para que o homem não se limite. Filosofia é aventura, é caminho, filosofia é tragédia. Ela não limita o ser humano em verdades levianas e nem relativas, pois impulsiona o indivíduo a ir além, a caminhar em meio aos questionamentos e buscar respostas. Ela mostra as diferenças e busca comungar e corrigir o que é indiferente.
Filosofia não obriga o homem a conhecer a verdade, ela simplesmente ilumina os caminhos para busca. Tantas vezes o que ouvimos não é o que escutamos; o que falamos não é o que dizemos ou até mesmo o que vemos não é o que enxergamos. Tudo por causa da nossa limitação. Somos ignorantes a partir do momento em que dizemos saber de tudo e também dizer que não sabemos de nada, isso é fim, isso é trágico. Estaríamos no máximo limite das realidades, no extremo.
O ser humano, tomando o conhecimento da filosofia, sabe a importância do equilíbrio e que se vive, vive-se numa tragédia, capaz de reconhecer a limitação e gratificar-se por conseguir enxergar o outro lado, estar na fronteira. É por isso que não somos capazes de apoderarmos da verdade, porque ela é a máxima realidade pura; mas podemos chegar um dia a contemplá-la, pois estamos na fronteira.
O que nos impulsionam nesta busca de contemplação é a nossa razão, pois o homem incansavelmente trafega pelos vales das dúvidas quando ele é filosófico e quer estar em plena certeza. Como diz um pensador: “A vida não tem significado se o homem não está em constante busca.” É buscar algo que faz do homem um ideal, com projetos, caminhando.
Uma pessoa estática não poderia ser filósofa, pois filosofia incomoda, tira o que é preso e o leva a encontrar o conhecimento, ou pelo menos procurá-lo. E uma vez nesse caminho, o indivíduo já não se detém, encontra um ritmo e age por ele e com ele. Sabe-se quando está seguro e quando está incerto. Vemos então que incerteza não é apenas não estar certo de algo, mas é insegurança.
              Na filosofia, enfim, nada se mistura, tudo se completa e forma um caminho iluminado para o homem conseguir buscar com clareza e largueza o sentido e a contemplação da verdade. Para mais, entendemos que a verdade é Deus, se assim quisermos lhe atribuir um nome, esta verdade pura não a possuímos, apenas a contemplamos dentro da nossa limitação e assim entendemos que o maior propósito da filosofia é proporcionar ao homem uma vida feliz.