terça-feira, 30 de agosto de 2011

Vocação... um impulso da alma.


Recebi vários e-mails me pedindo para que falassem o que eu penso sobre vocação. Penso de maneira muito particular e por isso fiz esse artigo posicionando-me:

Na dinâmica do entendimento do que venha a ser vocação, podemos encontrar algumas definições, não definitivas, do que seja. Todavia, podemos dizer em uma simples frase: “Vocação é aquilo que gostamos de fazer todos os dias”, ou seja, vocação é muito mais aquilo que nos agrada e faz feliz. Portanto, vocação não é aquilo que faço, mas aquilo que gosto de fazer.
Muitas são as vocações: médico, advogado, carpinteiro, professor, jornalista, mecânico, faxineiro, sacerdote. Mas só se pode dizer que a profissão é exercida por vocação se a pessoa está vivendo por livre e espontânea vontade, nunca por coação. Pobre daqueles que vivem uma profissão por simples necessidade financeira, ganância ou falta de opção... a vida é frustrante e carente.
Sempre ouvimos dizer que vocação é o chamado de Deus para o homem exercitar algo e assim glorificá-lo em sua vida. Penso que essa definição é muito pobre, pois nem toda profissão é chamado de Deus para a pessoa, assim sendo, o que diríamos daquelas pessoas que roubam e sentem prazer em fazer isso? O que dizer daqueles que tem o maior prazer em tirar a vida das pessoas? Sempre que nos deparamos com uma situação assim, sempre dizemos: “Fulano tem vocação pra ser ladrão e mentiroso.”
Contudo, podemos dizer que há vocações boas e más. Entretanto, vocação são muito mais as motivações interiores do homem para o exercício de alguma profissão. Mas e onde Deus fica nessa história?
Deus, que é a bondade suprema, fez o ser humano à sua imagem, portanto participamos de sua inteligência, evidentemente, temos a capacidade de apreendermos as coisas da natureza, estudá-la e até mesmo ter domínio sobre algumas de suas manifestações, como o plantio e a colheita. Nessa capacidade de exercitar a nossa inteligência, podemos também discernir sobre os acontecimentos em nossa vida e decidir o que fazer e o que não fazer. É simples, poderíamos decidir estar aqui nesse lugar hoje ou não. Assim acontece com a vocação: podemos decidir segui-la ou não, mas dificilmente não a seguiria, a não ser pela preguiça ou acomodação.
Nesse contexto, as conseqüências da vida nos motivam a fazer exercício de nossa liberdade para escolher qual caminho seguir e o que vai determinar essa escolha são justamente as nossas motivações interiores. No entanto, Deus, que quer sempre o bem do homem, nos auxilia para que façamos a escolha certa, dotando-nos da sabedoria necessária para isso. Devemos, porém, escolher aquilo que nos faz bem, portanto a maior e melhor escolha que possa ser feita é a escolha pela vida. Esse é o primeiro chamado que Deus nos faz: o chamado à vida.
O exercício de viver é a principal atitude que qualquer ser humano deve fazer, ao contrário, não haveria homem, não haveria vida. Essa decisão de vir ao mundo, não é uma decisão nossa, é uma conseqüência da união do pai e da mãe e assim somos gerados. A partir do momento que estamos vivos, já lutamos instintivamente pela nossa sobrevivência e já somos convidados a viver uma vocação. A partir daí, nossas experiências ao longo da vida vão nos orientando quanto a escolha que iremos fazer.
Devemos pedir a Deus que nos inspire na busca da melhor escolha, para vivermos nossa vida com alegria e constância, fugindo de frustrações e infelicidades.

4 comentários:

Evandro disse...

Bom dia Ir. Ricardo, como vai ?
Desculpe invadir seu blog - seu espaço em que compartilhas suas motivações e reflexões com amigos, mas gostaria que me ajudasse. Procurei, na ambiência cibernética, alguém que cursasse Filosofia na Unisal e este ferramental me levou ao seu blog.
Sou Prof. Literatura. Moro em Pinda, ao lado de Taubaté. Desejo iniciar os estudos de Filosofia no proximo ano. Estou em dúvida entre Dehoniana (Taubaté) e Unisal (Lorena). A Dehoniana só oferece Bacharelado. A Unisal oferece licenciatura. As grades destas duas instituições são interessantes. Na dehoniana, por não ter disciplinas de natureza pedagógica, as disciplinas da área de filosofia são mais abrangentes e exploradas. Por outro lado, na Unisal também há disciplinas que me agradam que não tem na Dehoniana - Antrop. Cultural, Fil. Cultural. Mas também levo em conta a estrutura e o corpo docente. E nestes itens acredito que a Unisal sai na frente. Como afirma o sociólogo Zygmunt Bauman, vivemos na era da modernidade liquida, em que se buscam satisfações com menor custo e esforço. Procurando caminhar na contramão...rsrs, não levo em conta o fato de Taubaté ser mais próximo (enveredo-me pelo caminho da qualidade do ensino). Ir. Ricardo, se for possível e não ocupar muito o seu tempo, você poderia falar um pouco sobre o curso de Filosofia da Unisal ? Você a recomenda ? Ficarei muito grato. Meu email de contato: evand_st@ig.com.br
PAX !
Fica com Deus !
Evandro

Anônimo disse...

Ficou muito bom seu artigo sobre vocação. Parabéns! Deus o abençoe mano... continue!

Ricardo Lima disse...

Querido irmão Evandro, enviarei em breve um e-mail para apresentar-lhe minha opinião a respeito do curso da UNISAL, já te adianto que o curso é um dos mais bem avaliados pelo MEC, portanto já te dá segurança de que é um ótimo curso. Mais informações seguirá em breve no seu e-mail ok? Abraços e obg pelo contato.

Ricardo Lima disse...

Querido mano, obg pelo carinho e pela visita ao blog. Você é super especial pra mim!